quarta-feira, 18 de março de 2009

Fazer o que?

O que eu faço então?!
Mudo o meu modo de agir?

Claro, pois é muito mais fácil justificar carmaticamente as crueldades mundanas.

Dizer que a culpa é toda minha.

Dizer que se agisse diferente, se fosse "melhor" nada nunca iria me acontecer.

Sim.

Fui assaltado.

E não adianta dizer que poderia ter feito, poderia não ter feito.

Sim.
Fui assaltado.

Me levaram coisas que me pertenciam e também nem adianta botar a culpa nos outros... em quem talvez devesse estar ali pra nos "proteger" e não estava...

Poxa... não adianta nada.

Foi...
Levaram...
corremos...
gritei...


Permeados e milimetricamente recosturados por:

Tive medo...
Pensei...

Agi...

Verbos e verbos que agora, no morno do acontecido, só me encaminham ao agradecer...
Agradecer por nada de mais grave ter acontecido (Dá até vontade de rir!!!!).

Mas não vou mais supor...

Nem que a arma era de plástico nem se valia a pena mais uma volta no quarteirão ou um "desenrole".

Só quero descansar.
Só preciso lamentar...
Só devo tentar ser o que sempre fui já que nada disso tinha acontecido antes.

Sim.
Tá perigoso.

E pelo visto tem muito sapo pra ser engolido.
Afinal em redoma de vidro não dá pra viver.

Sim.

Tem mais gente na jogada.

A particularidade de estender essa história; reaquecer com vontades bélicas, marciais ou qualquer desfuncionalidade dessas somente incitará e aumentaria o que não pode proliferar.

A violência nua, pobre, burra e crua.

Pimenta no dos outros é refresco...
Por isso agora, joga fora o "meu lugar"...
Joga fora a "malandragem", a "intocabilidade" e por fim vista-se de vítima.

Covarde.
Correto.
Confuso e preocupado.

E vamos indo...

fazer o que?

Fazer o que?

...

Fazer o que?

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