quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Destinos

Aquela árvore à beira da estrada.
Disse-me por vez que um raio a atingira
E atingida ela ficou.
Seca, queimada, torta e nua sem folhas.
E assim fomos.
Eu
a estrada
e a árvore.

A estrada vez de noite, vez de dia sempre cauteloso por ela muito pensei
Sendo longo o caminho a tudo resistimos:
Nevoeiro, chuva fina
Engarrafamentos, altas velocidades
Canções ao rádio, 
ao ônibus, 
ao longe
Fui e vim ver meu amor.

Só na ida vejo a árvore.
Linda imagem 
Temos coisas pra nos dizer,
lição pra passar.
Já a tempos nos flertamos
Tempo tanto que mudou.
E agora como dizer que suas folhas estão voltando?
Pois o raio que a partiria não bastou pra extinguir.
Os galhos refolhando
Os cinzas se esvaindo
Bem vindos vivos verdes
Cor.
Talvez coposa, robusta e florida lhe achem mais graça  
Em outra pose sorrirá aos que mal a viam.
Mal os olhos
Mal os galhos
Outra pose assim será.

Leva e trás 
De leve 
em paz.
Ver que a vida é vai e volta?
Vem invés de ver.
E se vi reviver quando fui pra te ver 
bem melhor ter você indo e vindo comigo.

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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Quando confundiu meu nome

Quando confundiu meu nome
(João Martins/Leandro Fregonesi)

O teu segredo era uma grande fortaleza
A incerteza do ciúme me consome
Sem confiança, se destruiu
Muito você me feriu quando confundiu meu nome.

Deslize que fez desabar o que foi construído
Fui ferido em minha alma, minha calma e muito mais
Será que na hora de amar, se fecha os olhos
teus sonhos te levam pra longe demais?

Não dá mais
Não dá mais
Diga se sente saudades daquele rapaz
Não dá mais
Não dá mais
Vamos, me diga a verdade pra eu viver em paz


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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Ménage

E eu vou buscando outro tema pra aliviar.
É que a caneta de quem escreve vira e mexe paquera a mão
O teclado convida
Tesão matinal.

Mas forçar nunca é jogo.
São palavras.
Estuprar de boca seca?
Um não quer. Dois não brigam
Então, busca.
Entre linhas,
entre fotos e lembranças.
São ideias
Um café pra abrir a mente.
Contente.
Lá fui.

Dançar com sonhos.
Desliga tudo.
É a hora da alma pra alma.
E no silêncio, vez em quando a boca fala pra sentir como se lê aquilo que ainda é loteria.

-Não! Aqui não há nada! - diz a janela.
-Opa! Tô ai! - diz o cinzeiro.
E a tela do computador vai escurecendo com mais letras do que espaços e mais leve seguiremos.
Mil assuntos.
Mil coisas.
A manhã jurou ter sido produtiva tendo eu, as ideias e as palavras tanto pelejado antes mesmo de um bom dia.

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