sexta-feira, 31 de julho de 2009

Sobre a jovem Fênix, que só renascer justamente não lhe basta.

Bicho bom que enxerga a legitimidade da sobrenatural segunda chance e merece reler o fim em brasas que teve sua antiga vida.

A inocência revive, resetam-se vergonhas, traumas e medos. Dai a Fênix se refaz virgem de corpo e alma atrevidamente receptiva a novas experiências.

Ora, convenhamos... ela renasceu das cinzas!

Mas não prontamente plena; ela ainda é crua nas etapas que o renascimento proporciona.

Vale a continuidade, poxa!!!

Queima, renasce e pronto?



Rala o côco, neguinha...



Esclarecimentos que as verdades não são nada imunes e absolutas.

Que de tudo nada se sabe.

Que os castelos são de areia, a bola não é aquela toda e os bolos tem de esfriar.



Encargos, que a Fênix merece!



Vão servir de exemplo e fardará orgulho à puros olhos independente das manchas dos seus evangelhos.

Começa do zero... que seja...

Até porque para o ápice a matemática indifere.

Quantos renascimentos?

Quantas etapas?

Quantos pedágios até a plenitude?



Plenitude?



Plenos são os hiperativos!

Os mutantes de opinião!

Os frutos da evolução!

Os de cabeça aberta e coração incorporado ao produto final.



Simples Fênix.

Digna afinal... e seus esforços serão medalhas pra vida toda!

Mas - repetidamente - reinvente!

Reconsidere

Considere

e desconsidere.



O fará.


Mitologias sócio-cervicais mantém os impulsos para continuarmos de cabeça, asas e armas erguidas.

Os pontos de vista sacodem a certeza e modificam os status de mocinhos, bandidos, alunos e professores.

A Fênix não renasce para ensinar e a mistificação não vai inibi-la à aprender.

Ela é pop!
Star ascendente de puro glamour, aviadando seus voos de redenção baila pelo ar.

Mas isso não basta!

Senta.

Ouve.

Pena.

E na hora certa honra sua majestade.

Capricha embasada no que a sorte lhe deu.


Pois vai que um dia as chances se esgotam...

E o renascimento será teatral.

A luz cada vez mais longe do fim do túnel.
túnel, só túnel como se corresse em uma esteira.

Corre, corre... finge.

E cinza, pelo visto, continuará para o sempre.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

E Que Sejam bem vindas as Cores da Manhã!

Cores da Manhã
(Leandro Fregonesi e João Martins)

Não perca tempo remoendo a dor
Porque a vida não permite mais
Vai-e-vem de sentimentos
Melhor deixar o corpo descansar
Dormir pensando que a manhã já vem
Abre a janela e deixa o sol entrar

As cores da manhã
Vão te fazer tão bem
Você vai ver que o contratempo
Da tormenta se desfaz
A paz do despertar
Vai ser tão linda
Seja bem-vinda
A vida sempre a começar

...

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Eu Varal (quase Móbile).

A segunda é depois do domingo,
que foi depois do sábado,
que foi depois da sexta.

Da quinta já não se lembra.
Nem da terça muito se espera.
Se na terça a sexta não for lembrada, a quarta, pior que a segunda, será somente a prévia de uma outra quinta pra também passar batida nas lembranças da próxima semana.

Ontem.
Hoje.
E Amanhã.

E depois?
E antes?

O que vale?
O que não vale?

Tá mais perto do fim, tá mais longe do começo?
Tá mais cedo, tá mais tarde.
Ainda dá tempo?

Há tempo?

Há o que haver.
E como há...

Pensar sobre o tempo,
sobre a vida,
amaluca,
endoidece,
preocupa
e ratifica.

Então:

Soma tudo
, diminui
, redivide
, multiplica
, equaciona
, somatiza
, arquiteta
, sintetiza
, manifesta
, equaliza
, marketeia
, simplifica
, amplifica
, reaciona
, reitera
, modifica
, junta tudo e joga fora
, rapa fora e suicida
, rediz tudo e diz agora
o que agora redigida
diz a dita ditadura
de quem muta e redigita
o que dentro sempre mora
não se mostra ou qualifica.
não se pica nem se adora
não se amarra ou se trumbica
na boleia da carroça
na cabeça da biriba
no cordel da decadência
na decência
das manias
nas vergonhas
nas plainagens
subvertem as baías
de sufoco, agua clara
de arraias como arnica
embranquecem negras nuvens
sem artérias deferidas
a pulsar sem esperança
na latências das latidas
marginais
das madrugadas
enfeitadas colombinas
matinais descabeladas
fazendeiros de rotinas.
Descendentes recaídas
nas raladas margaridas
enfeitosas, deslumbrantes
rosas mouras parecidas
sempre voltam
primavera
diz a guerra
disse a vida.
Disse a cor da madureira
Disse a volta da partida.
Disse o estalo do gatilho
Disse a roga da batida.
Disse a fé dos pregadores
Disse a corda, e as balizas
Eu varal vario verde
Só pendure fantasias.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Lá pela Lapa...

Lua no Jardim
(João Martins / Leandro Fregonesi)

Hoje eu só quero
A santa paz desse amor
Quero o calor das suas mãos enfim
O sol caiu e vai ter lua no jardim
Diga pra mim que é assim
Que a vida continua

Bota aquela tua roupa branca
Leva um par de rosas pra varanda
Hoje quero amar além da conta
Amanhã o sol desponta
Bem melhor que seja asssim

A felicidade veio pronta
Nesse grande faz-de-conta
Que começa e não tem fim


Compareçam que a festa vai ser boa!

...
Fregonesi é o preferido da minha mãe.
Tens razão, Dona Christiane.
Tens razão...
...


domingo, 12 de julho de 2009

E lave bem atrás da orelha!

Nada como um banho quente para esfriar a cabeça.
Eu, particularmente, tomo banho MUITO quente; é quase como se entrasse num Vaporetto.
Ora.
Materiais cirúrgicos são esterilizados em altas temperaturas.
Compressas contra inflamações são de água quente.
Manda-se ferver alguns alimentos antes de os consumirmos.

Então fervo a mim também!

Parece que a sujeira que nosso corpo absorve ao meio de toda essa poluição sai mais fácil.
Limpa.
Relaxa.
Nos remete ao ventre materno... tão quentinho!

Se o ventre da minha mãe fosse quente assim, eu nasceria cozido.

Mas nasci cru.

E banhos quentes servem para gradualmente ficar no ponto.
Refletir sobre as intempérias
relembrar
planejar
Chorar, sorrir, cantar.

Imagina na água fria??!
Deus me livre!
Não combina...

Pichar o vidro do blindex e do espelho.
Escrever o que depois sumirá quando resfriar-se de novo o banheiro.
Buscar filosofias nas costas do shampoo.
Tudo cheiroso!
Água,
espuma,
sabão.
Me desculpem os ecologistas mas de um bom banho demorado eu não abro mão; depois volta tudo de novo, pro mundo que fora do box quase sempre não é tão divertido...

Mereço.





sexta-feira, 10 de julho de 2009

Rei X Rei

Roberto Carlos Michael Jackson Roberto Carlos Michael Jackson Roberto Carlos Michael Jackson Roberto Carlos Roberto Carlos
Michael Jackson
Roberto Carlos Michael Jackson
Michael Jackson
Roberto Carlos
Michael Jackson
Roberto Carlos
Michael Jackson
Roberto Carlos
Roberto Carlos
Michael Jackson

Roberto Carlos
Michael Jackson Roberto Carlos
Roberto Carlos
Michael Jackson Roberto Carlos
Michael Jackson Michael Jackson
Roberto Carlos
Roberto Carlos
Michael Jackson Roberto Carlos
Roberto Carlos

Michael Jackson
Roberto Carlos
Michael Jackson
Roberto Carlos
Roberto Carlos
Michael Jackson

Roberto Carlos
Michael Jackson Roberto Carlos Michael Jackson
Roberto Carlos
Michael Jackson
Roberto Carlos
Roberto Carlos Michael Jackson Roberto Carlos Michael Jackson Roberto Carlos Michael Jackson Roberto Carlos
Podemos mudar de assunto?

segunda-feira, 6 de julho de 2009

irMÃOS

Uma mão lavava a outra.
Cortava, pintava, cutilava...
Cuidavam-se!
Hidratavam-se, cozinhavam
Juntas faziam nascer o som...
De cavaco, percussão.
Piano, violão... Canções.
Tudo parceria das mãos.
Dirigiam, abriam portas e cortinas, digitavam, moldavam, criavam.
Desbelotavam, apertavam e acendiam.

Assimétricas, eram sim diferentes mas, ao mesmo tempo se bastavam.
Uma pra faca.
Outra pra garfo.
Uma pra soco.
Outra pra pincel.
Completavam-se desde o ventre.
Mãos aprendem e crescem juntas.

Um dia uma mão parece que mudou.
Acho que quis ser pé.
Andou distante da outra... a deixava sozinha, a deixava "na mão".
Não mais estalava os outros 5 dedos, só queria saber dos seus.
Bolos e mais bolos.
Só olhava pra própria palma sem ligar o mínimo pra sua velha companheira.

Parecia renegar que juntas eram o aplauso.

Se meteu entre outras pernas, acariciou outras cabeças, cutucou outras feridas.
Outros anéis, outra cor de esmalte.
Fantochou por outros teatros.


Demorou...mas a outra, conformada, uma dia enfim entendeu as mensagens, as pistas que lhe eram deixadas.
Se valeu da ambidestreza e penou para sozinha enfim dar conta das suas tarefas para bem viver.
Para melhor viver, seguir a sua missão.

Cansou de acenar.
Cansou de puxar para perto.

Desistiu da união até nas horas de oração.

E seguiu.
Como pirata sem gancho.
Fazendo figa, enfrentando quiromancistas e manicures.
Batendo de porta em porta, punhetando e se dando às palmatorias.

O tempo se passou mas, uma da outra nunca mais se soube.
Por onde anda, se agora anda...
Se continua mão.
Se em luva se esconde, se a esmola se submete.
Só não se escuta mais o cavaco.
Nem o batuque.

Hoje escrevem outras histórias e espalham suas digitais por outras bandas e bundas.
Tapas leves.
Tapas levam.
Mas mãos dadas nunca mais por ai passearam.

domingo, 5 de julho de 2009

Carapuça

Ela chega...
Ela vem vindo.
Ela sorri.
Ela cumprimenta
Hoje será diferente. Deus há de querer!!


Não.
Não é hoje o dia.
Deus não quis.
Nunca quer, Papai do Céu?


Ela começa.
Ela sorri... amareladamente.
Ela se mete e acaba com qualquer bom clima ou outro assunto.
Ela reclama da vida.
Ela conta seus problemas.
Ela não para de falar.
Monólogo de palavras negativas.
Ela lamenta mais.
Ela conta mais problemas.
Ela pede um cigarro,
pede um gole da cerveja,
qualquer coisa para comer,
pede um pingo do colírio...
Ela lamenta um pouco mais e escorre veneno.
Ela não para de falar.
Ela conta outros problemas.
Ela relembra antigos.
Ela arruma novos.


Ela pede mais um cigarro,
mais um gole da cerveja...
Ela pede um marido,
uma carona,
um lugar para existir,
um dinheiro,
o isqueiro.

Ela não sabe o que quer.
Mas quer.
Ela olha sempre em volta, pois é o centro das atenções.
Não te contaram?
Mas ela quer mais atenção.
Ela é a atenção.
Ela é a atração que se vê tão atraente que quase se come.
Só não come porque ela é dela.
Se fosse dos outros acho que pediria um pedaço.

Ela reclama mais um pouco.
Modéstia...
Mais um muito.
Ela suspira
por não saber mais o que sugar.
Do que mais reclamar.
Por que mais o mundo lhe é tão injusto.

Ela sai.
Eu respiro.
Ela volta.
Eu me tremo.
Ela fala.
Ela fala.
Ela fala.
Ela tira a energia e a dela não acaba.

Obcessão obcecada.
Ela pede porque dão.
Confiança a sua confusão.
Que tem cheiro de porquerer e na minha garganta provoca alergia.
Alegria?
Nunca vi...
Ingenuidade?
Muito menos.

Ela inveja.
Ela é má.
Ela não para de falar.
Ela pede mais um gole.
Ela quase chora...

Não aguento.

Por favor.
Uma faca pra suicídio.

Vai que ela quer também...