sábado, 16 de janeiro de 2010

Resvala a Ressalva

Sede.
Fome.
Vontade do que?
Onipresença.
Afirmação.
Curiosidade.

Choque.

Os mais velhos dizem que com o passar do tempo passa.
Afinal tudo passa.
Ao final tudo passa ou já terá passado.
Já será passado.

Enquanto isso seguem os um pouco mais jovens querendo abraçar o mundo.
Abraço que já também não lhe basta.
Parecem agora querer engoli-lo.
Querendo provocar, planejando irresponsavelmente o destino ou apenas fazendo tudo diferente do que viu-se fazer antes.

Apaixonar,
Antipatizar,
Apaziguar,
Atrapalhar e ajudar a todos.

Incessante ineditez.

Impulsos arquitetados.
Decorados improvisos.
Ideais convictamente transmutantes desembocam em frustrações aliviadas.

Faltas inadiáveis.
Obrigações sensíveis e descompromissadas.
Deveres por prazer.
Prazeres por angústia.

Mais, jovens?

Jovens com velhice salpicada.
Ao menos inspirada ou tragada em orgulho pelo que se pensa muito significar.

Nada significam
Sois tão jovens... Sois tão nada.
Sois saudade.
Sois mentira.
Sois fraqueza.
Sois beleza.
Sois fragilmente forte.
Sois só.
Sois sóis.
Dias de agonizante calor, dias de frieza glacial.
Sempre sóis.
Sois verdade.
Sois bondade.

Repete o que pouco mudas, Jovem.
Envergonha-te de orgulho.
Repudia os teus méritos.
Vangloria suas mancadas.
O que queres?

Bobo.
Arcará com os denominadores das operações matemáticas tão falhas.
Diminui quando é pra somar.
Divide ao multiplicar.
Primo entre si.
Nulo.
E pelo visto não pertence a R.

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