quinta-feira, 5 de maio de 2011

Trago

Parece mais com o que não tive.
Aqueles.
Que faltou algo e não aconteceram
Coragem? Sorte? Palavras?
Chances passaram e vontades marcaram
Afinal Amar é dois.

Aqueles de que não conheci o beijo ou toque.
E a eles chamar de amor foi só o que restou.
De longe, sem fotos
A imaginação fantasiava intimidades
Rastros de timidez
Infantis desejos.
Infinitos na novidade de gostar
No ímpeto de conquistar
Verdade, apesar de não comprovada em dor e pele, sim, verdade.

A flecha por tantos tão temida é cravada n'alma.
E pensa
E lembra
E todo momento vira pouco pois o que se quer é prorrogá-los.
Aumentá-los
Abrilhantá-los do que houver lume e beleza.
Ornamentando com o que de melhor houver na calma.
E porque não também no fogo
Que reflete ao corpo
Que incendeia e tumultua
Lá nós dentro do fogo
E o fogo dentro de nós.
Dos nós.

E palmas pro mundo lá fora.
Certos estão eles em continuar apenas mundo
buscando a eterna novidade.
Daqui vou eu
Nas minhas antigas delícias
De quando ainda não era hoje
Mas mesmo ontem vibrava meus amanhãs.


...

Um comentário:

Juliana (A Tuca!) disse...

Ahhh, que maneiro!
Saudade, Joãozito!

Fica c/Deus!!!
Mta luz!