quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Destinos

Aquela árvore à beira da estrada.
Disse-me por vez que um raio a atingira
E atingida ela ficou.
Seca, queimada, torta e nua sem folhas.
E assim fomos.
Eu
a estrada
e a árvore.

A estrada vez de noite, vez de dia sempre cauteloso por ela muito pensei
Sendo longo o caminho a tudo resistimos:
Nevoeiro, chuva fina
Engarrafamentos, altas velocidades
Canções ao rádio, 
ao ônibus, 
ao longe
Fui e vim ver meu amor.

Só na ida vejo a árvore.
Linda imagem 
Temos coisas pra nos dizer,
lição pra passar.
Já a tempos nos flertamos
Tempo tanto que mudou.
E agora como dizer que suas folhas estão voltando?
Pois o raio que a partiria não bastou pra extinguir.
Os galhos refolhando
Os cinzas se esvaindo
Bem vindos vivos verdes
Cor.
Talvez coposa, robusta e florida lhe achem mais graça  
Em outra pose sorrirá aos que mal a viam.
Mal os olhos
Mal os galhos
Outra pose assim será.

Leva e trás 
De leve 
em paz.
Ver que a vida é vai e volta?
Vem invés de ver.
E se vi reviver quando fui pra te ver 
bem melhor ter você indo e vindo comigo.

...







Nenhum comentário: