domingo, 27 de novembro de 2011

.com partilhando

E lá estava ele.
Em seu lazer.
Em seu trabalho.
Em seu calendário.
Ou qual seja a face que estava.
Qual loguim usava.
Observando e sendo observado.
Criando, colando e copiando
Fofocando e espionando
Desejando.
E naquela caixa de plástico mergulhava.
Via ao canto inferior direito o taxímetro incessante
Das horas passando
E o tempo cobrando
Os cabáites que fossem.

Se enfurnando em fotos, fatos e senhas
Relembrando altos problemas.
Iventando paixões de cinema
Vendo nêgo transar.
Nêgo se amar.
Nêgo brigar.
Supondo
Se expondo escondido

Vendo as condições do mar
Mais lógico que o meteorológico.
Sem botar a cara lá fora
Tendo ao quarto tudo o que necessita.
Pois solitário é mais feliz
Assim segue o internauto-suficiente

Com dor nas costas
Pernas inchadas
O dia está lindo
Mas como saber se hipnotizado em pixels nem os olhos lavou ao pular da cama?
A boca fede e mesmo assim: Bom dia
Na pauta dos inconformados
Infinitamente ocupados
Que já até detestam olhar pro lado
Não podem viver seus atos
Sem contar pra multidão
Antes mesmo do café

É vontade de sentir-se querido
Raqueada pela vaidade.
Infestada de 7 pecados
Nociva ao corpo e a alma.
Os dedos e pulsos doendo desaguam num estalar cervical
Espreguiçando por nada ter feito
Tendo a mente por tanto sofrido
Penado pelo assunto mais ralo
Fingindo estar bem, entretido
Pensando ser mais por ter nada
Digita seus tempos perdidos.

Por quem tanto penas?
Por que?
Pra que?
Assim caminha a humanidade?
Com passos em silêncio e conflitos frente à tela?

...



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