quinta-feira, 26 de março de 2009

Hummmmm....

Vem da terra, dos plantios de trigo.
É a magica da fermentação.
Memórias mesopotâmicas e bíblicas justificam o suor dos trabalhadores que aram a terra e batem a massa do pão.

Inicia-se.
Glorifica-se em claridade e suavidade pela manteiga.
Belas vacas dos campos e pastos mais longínquos.
Remete-se ao prazer na ingenuidade da ordenha, da fazenda, da ruralidade.
Lindas e claras camponesas, leite puro e denso.
Processos centenários para também processar a particularidade e audácia do queijo; o paladar atrevido e apurado que vem em forma de lava.
Incandecente.
Derretido e calmo.
Porém macio.
Impiedosamente alucinógeno ao tocar as papilas.

Afirma-se e revela (até ao mais indiferente) o instinto de caçador.
Instinto de carnívoro primitivo com sede proteica.
Sangue e verdade no perfume, suculência e autoridade de finas fatias de presunto.

Sente-se então mediterrâneo.

Remetido aos mares e ilhas da Grécia, espiritualizado nos vales úmidos da velha Itália ou até enamorado em uma paixão caliente temperada à Espanhola... um toque europeu de orégano e milimétrico capricho francês.

Torna-se enfim orgulhoso!
Fruto de tecnologia onde possibilita-se, por meio de um pequeno forno nas condições ideais de temperatura e tempo, a fusão laticínia e crocância do pão sagrado.

Nasce!

Dourado...

A mistura de cheiros, texturas, temperaturas e sabores.
Uma prece, uma realidade na medida para qualquer suposição de prazer.

Enfim,

Misto quente.

Um comentário:

Anônimo disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkk

ADOREIIIIII!!
kkkkkk

Só vc!

BJ, maRI